O girassol poético o meu cantinho pra sonhar.Um espaço pra cultivar e dividir com os amigos a poesia de meu coração.Parafraseando Zé Rodrix "Onde eu possa "postar" meus amigos, meus discos,meus livros,e nada mais..."
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
FRANCESCO ALBERONI, As Nascentes dos Sonhos
Para que a sociedade patriarcal se pudesse estabelecer e dominar a Terra, a energia feminina foi sujeita a um branqueamento total o que levou a mulher a permanecer durante milénios numa posição subalterna do homem. A força feminina e a força da mulher foram suprimidas assim como a compreensão da sexualidade como energia livre e sagrada, que foram denegridas, consideradas maléficas e "sujas" pelas Igrejas e pelos padres. As mulheres foram desde então perseguidas por possuirem (ou serem possessas) esses poderes maléficos - a força da energia sexual e do sentimento que nos libertava - e queimadas vivas nas fogueiras aos milhares.
Eram perseguidas as mulheres que ajudavam outras mulheres como parteiras, as curandeiras, as mulheres livres que não se submetiam à vontade dos patriarcas, pais, padres e bispos e as mais jovens ou mais belas que eram consideradas uma ameaça ou um perigo para os devotos do deus misógino e temidas pelos “castos” padres!
Para podermos perceber em que medida o medo ainda persiste das e nas mulheres, olhemos o seu servilismo e a obediência cega à igreja e aos seus chefes. Basta também ver o ódio que os homens manifestam às mulheres quer na violência doméstica, quer nos crimes ditos passionais, nos filmes que propagam essa violência e sadismo sobre as mulheres; e não precisamos de recuar muito para ver essa misoginia nos ministros do Estado. Basta olhar ainda para o que foi Ministro dos Mares português, um herói nacional, que pensa como os padres, misógino por natureza, de perfil medieval - casto e cínico - e espírito bélico que não hesitou em enviar dois barcos de guerra "contra" um pequeno barco de um grupo de médicas e mulheres holandesas, em pleno século XXI, assim como a carta do agora papa aos Bispos quando era Cardeal, em que acusava as feministas de destruir as famílias...
Portanto eu não estou a exagerar nem desfasada do tempo!
Tudo continua na mesma…e o perigo ronda sempre, na hipocrisia dos governos e dos seus líderes e a guerra tácita e surda contra as mulheres em todo mundo...
http://rosaleonor.blogspot.com/2009_09_01_archive.html
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Rimas incertas
que me ajude a entender de dor
de sonho ,esperança e vida.
Preciso de um pensador
que me ajude a encontrar
uma perdida ilusão
já dormente e esquecida.
No fundo da mente onde nada sinto
apenas choro,e oro
ora no passado,ora no futuro,
presente se esvaindo
virtualmente distorcido
fingido...
Preciso de um pensador
que me ajude a desvendar o mistério
da mente e do coração em duelo
da antítese do que sou e do que quero
do meu ridículo poema sincero.
Preciso de um pensador:
que clareie,à luz da simplicidade
tudo que já sei mas não tenho coragem
que tansforme as rimas tolas em versos
que corra os riscos por mim
que nunca atire a primeira pedra
que resolva e não explique
que ame e não me critique
Um bobo,palhaço,criança:
que saiba sorrir
que ouse partir
e navegar
que saiba esperar
que venha,enfim
Preciso de um pensador
preciso de um lider
preciso de mim...
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Primavera
Tempo de flores
Num templo de amores
Perdidos e achados
Sempre semeados
Pelo vento que passa
Insistindo em ficar...
Sou feliz como o sol
A flor e a brisa
Que esta estação eterniza
Quando se pode amar...
Guarde ao menos meu perfume
Porque morro de ciúme
Se a primavera passar.
Abra os braços e corra
Sinta a vida e me espere
Que eu chego já
De sorriso novo
E um vestido aberto
Desabrochando em cores
Pra te encantar...
(Edilene Santos-Caçando estrelas)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Encerrando a gosto
Chora o mundo todo lá fora
Desaba a tempestade
Que o amor calou em mim.
Chora e eu choro e ouço a chuva
Desilusão e dor sem fim.
Folhas,galhos,flores na enchurrada
Pelas ruas,pela escada,
E na vidraça o meu jardim
Sorri encabulado e entristecido
Por amar e se entregar á chuva assim...
Chora a tempestade lá fora
Desaba o mundo,deságua
Toda a mágoa cabe em mim.
Eu aqui sozinha meditando
Mil porquês tamborilando
No telhado envelhecido
E na estampa do vestido
Que das lágrimas vão brotando.
Chove e não é dia de ouvir Bethânia
Bethoveen não vai ao piano
Melhor adiar qualquer plano.
Já rezei,chorei,blasfemei
Quis jogar tudo pela janela
Tentei me convencer,
entender,superar,não dá:
Chove e eu só preciso acreditar.
Se a vida me botou num labirinto
Num jogo sem saída,
Numa brincadeira de mau gosto.
Vou me despir de toda loucura
Me despojar de qualquer usura
Encerrar o mês de agosto.
Deixo os bens,a casa, os móveis
Os retratos,cartas,lembranças,
levo comigo somente as crianças
meus tesouros mais sinceros.
Vou de barco,navio,bicicleta
Deixe sempre uma porta aberta
Na primavera hei de renascer.
Chove manso,devagar agora...
No suspiro doce de meu ser
Pode desabar o mundo lá fora
Na primavera estarei com você...
sábado, 5 de setembro de 2009
Os anjos da vida
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Sentido único
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Em suspenso
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Uma tarde muito especial
Jovens da UI Paulista mostram talento e surpreendem poetasPor Assessoria de Imprensa, em 21/08/09 19:21
“Convive com teus poemas, antes de escrevê-los”. O verso do poema de Carlos Drummond de Andrade foi materializado pelos adolescentes da Unidade de Internação Paulista. Os jovens levaram ao pé da letra a sugestão do poeta e colocaram no papel ideias e experiências, e trouxeram à tona a suas concepções de mundo. O resultado pôde ser visto em Sarau, realizado na unidade nesta sexta-feira (21 de agosto).
Com versos sensíveis, porém fortes, os adolescentes penetraram “surdamente no reino das palavras” e conseguiram tirá-las do estado de dicionário. Eles deram sentido a cada vírgula e ponto e mostraram aos poetas Marcelino Freire, Marcelo Nocelli, Fábio Lisboa, Edilene Santos e Lidiane Oliveira as referências que os levaram a escrever.
Os poetas estiveram na unidade para ler seus contos, poesias e contar histórias, mas, além disso, esperavam poder trocar experiências ao ouvir o que os jovens escreveram. O que eles não esperavam eram ver exemplos de superação e muito talento.
O sarau foi resultado de um trabalho que começou durante as férias de inverno dos adolescentes. Naquele mês, os jovens foram inseridos no projeto PraLer, de estímulo à leitura, da Organização Poeisis Social de Cultura, da Secretaria da Cultura do Estado. Por meio do projeto, a biblioteca da unidade foi organizada e uma oficina de escrita, realizada. “O sarau é resultado dessas atividades”, explica o coordenador do PraLer, Rui Mascarenhas.
No início, ainda acanhados, os jovens apenas ouviram a letra forte da música do grupo Teatro Mágico, “Senhoras e Senhores”, falada por Lidiane Oliveira. Em seguida, começaram a se soltar um pouco, quando Fabio Lisboa contou a eles a história de um homem que ao virar juiz não sabia a quem dar razão, pois, para ele, todos a tinham.
Edilene Santos encantou ao recitar o poema, de seu livro "Caçando Estrelas".
Mascarenhas, com voz forte, interpretou outro verso, que fez os jovens se soltarem de vez. Mas foi quando Marcelo Nocelli leu um conto seu, em que fala da primeira vez que pisou na paulicéia desvairada, é que os jovens se sentiram seguros para mostrar o que tinham no papel.
Marcelino Freire, poeta premiado - ganhador do prêmio Jabuti de Literatura em 2006 por “Contos Negreiros” e indicado para o mesmo prêmio, deste ano, por “Rasif” – leria um conto seu, mas se surpreendeu com o acervo da biblioteca da unidade, onde achou um livro de Patativa do Assaré, e leu um dos poemas do poeta cearense.
A hora e a vez deles
Depois da rodada dos poetas, foi a vez dos adolescentes lerem o que escreveram. A expectativa e ansiedade estavam presentes. Demorou menos de um minuto para o primeiro jovem se levantar, apresentar-se aos demais, e bradar o que tinha escrito. As palavras, um pouco acanhadas, faziam referências a Martin Luther King, Ernesto Che Guevara, Gandhi, Nelson Mandela, Bob Marley e Zumbi, o que deixou os poetas impressionados. “É um poeta pronto”, afirmou Freire.
No entanto, nada os surpreendeu mais que a fala de um dos jovens. Ele não escreve poemas – “não levo jeito pra isso”, disse -, mas leu. A surpresa neste fato é que ele, como muitos adolescentes que entram na Fundação CASA, não sabia escrever, quanto mais ler. Foi na unidade, com auxílio dos educadores, que o jovem descobriu as palavras.
Incentivado pelos colegas, o adolescente não leu apenas um poema, mas três. E a cada palavra, pronunciadas ainda com certo esforço, ele sorria, como quem sabe a importância de cada sílaba. A fala ainda truncada rendeu aplausos de todos e lágrimas dos educadores. “Que exemplo de persistência”, maravilhou-se Marcelino Freire, que doou livros para o acervo da unidade.
Para Mascarenhas, o resultado do encontro superou as expectativas. Ele afirma que a literatura e a poesia têm o poder sim de transformar e deixou um recado àqueles que ainda se sentem retraídos para escrever ou fazer qualquer coisa que seja. “Nada está lá fora, tudo está dentro de nós. A gente não encontra paz em lugar algum, quando não encontramos paz em nós mesmos”. Se a ideia era deixar uma semente, pode-se dizer que a poesia já fez crescer uma muda.
(Texto extraído do blog da unidade paulista)
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
Ser Pai
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
PERFUME
Fosse nosso amor um perfume
Traria notas acentuadas de ciúme
Sobre um fundo amadeirado de nostalgia.
Fosse nosso amor um perfume
Diáfano,leve,estonteante
Dia a dia eu o usaria...
Traria o lancinante som de um sax
A angústia de um piano noturno
A orquestra das flores e meteoritos
O cheiro das dálias e antúrios.
Uma mistura de pureza e doçura
Um toque de feitiçaria.
Fosse nosso amor um perfume
Com sorte me sufocaria...
sexta-feira, 17 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Saudade
terça-feira, 14 de julho de 2009
Campos
sábado, 11 de julho de 2009
Cochilo de menino
Caixinha de sonho
Música de embalo
Rede na varanda
Tosquenejo de estalo
Cochichos de grilo
Cantares de galo
Carneiro tosqueado
Bocejos de anjos
Sabiá no galho...
Caixinha embalada
De notas e sonhos
Guarde os meus tesouros
Que amanhã apanho.
Estalos de rede
Varanda tosqueneja
Cantam alguns grilos
Já cochilam galos...
No canto da boca
Um gosto de amora
Conta não pro pai
Que ocê também namora...
Corridas nas campinas
Fogem lentamente
Flores e meninas
Acenam docemente...
Galo de campina
Crina de cavalo,
Cavalo do campo
Pastagem e milharal
Tudo repousando
Roupa no varal...
Balouçando leve
Ao som do fim de tarde
Lembranças da fogueira
Que inté agora arde...
Bodoque e vagalume
E o doce negrume
De uma noite quente...
Pés no ribeirão
Cabeça nas nuvens
Nuvem travesseiro
Reprisa o dia inteiro:
música
sonho
carneiro
boca
menina
amora
varanda
cochilo
bodoque
travesseiro
travesseiro
travesseiro...
(Edilene Santos)
*foto by Neiva Passuelo-série meninos
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Sujeito
Sujeito
Tantas vezes a vida chama à guerra
ao trabalho, o sustento encerra
E íamos, dessa maneira sem saber o quê
transforma a esperança numa noite fria.
E os anos que entreguei
agora retrospecto, chorei
Porque o tempo mata a vida,
agente mata o tempo
e a morte de uns,
mata agente de sofrimento.
Numa dança de liberdade estranha
Na maioria das vezes, fanha
Lembra que é passagem
Nunca real
Quando lembrança, vira miragem.
Então, tudo que se perde
se encontra de outro jeito
Sob nova luz,sobre um novo sujeito
Percebo que o cativeiro não acabou
Escravo ainda sou
Do chicote ao salário
Do capataz ao gerente
Antes escravo, hoje operário,
trabalhador, secretário.
Antes feridas de açoite
Hoje doença de postura, LER, tendinite
Stress, cirrose, gastrite
Do ciclo da cana, destruição do solo
E a ditadura do petróleo massacra os povos
Destrói vil o planeta
Mundo para carros,para os homens: sarjeta
Antes colônia,
Hoje colônia.
Da Cupecê a Wall Street
Assim nos guiam sangrando
Na ironia de que ainda somos cativos.
Neste mundo imprestável digo
A história se repete
De donos e escravos
patrões e empregados
De grilhões e algemas
De vida e morte
De achar que a solução é individual
Ou que ela está na sorte
Se o cativeiro nos faz latente
Em nossa face nos vem a história
De uma Palmares livre,
resistência, apogeu e glória
Exemplo que se ergue
Trajetória que se segue
Da luta que se trava
A vitória que se consegue.
(Cláudio Zamboni-Dongo)
terça-feira, 7 de julho de 2009
Poema para Ruth
tão entranhada na natureza
que a gente até sente ciúme.
Ruth com prazer pegaria
a casca dourada dos dias
pra fazer artesanato.
Juntava as raízes,os cipós e os gatos
levava os amores,frutos e cores
pra morar no meio do mato.
Por dentro ela é guerreira
por fora é toda festa
Com seus meneios de santa
e sua fala modesta.
Mãe,sábia,sacerdotiza
sabe tudo e ri do mundo
e a gente brinca:ela não presta!
Raio,União,Tesão,Hombridade
a ruth é a Ruth
qual a novidade?
Ruth é planta,flor,perfume
tão entranhada na natureza
que a gente até sente ciúme...
Cachoeira de emoção
Corrente de água marinha
queda dágua,turbilhão.
Claras águas de ribeirão
Concha,mar,areia
Ruth mulher,Ruth sereia.
Sossega teu coração
que até o dente de leão
desabrocha ante teu olhar.
Sossega teu coração
até mãe terra
vem te amparar...
Tua casa,teu reino,
Tem o selo da alegria
proteção de Iemanjá.
Tuas mãos tem parceria
produzem ervas e magia
e doçuras pra quem chegar...
(Edilene Santos)
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Bar e poesia
Veio com seu gingado de samba
Foi logo descendo do salto,
Andava meio entediada
Ela, a flor mais bela
Brincou com os copos
Ganhou os meninos do rap
E gostou de ser humana
Desde então ela passeia
Não tentem aprisioná-la:
Não pertence a ninguém
De palavras e atitudes
*Minha homenagem e gratidão a todos os que amam,divulgam e promovem a Poesia.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Boa sorte
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Tela cheia
Nada de depressão,síndrome do pânico nem falta de talento ou criatividade;apenas aquele vácuo irracional em que as coisas,sabe,aquelas de dentro do cérebro,do coração e da vida,parecem não fazer o menor sentido e escrever passa a ser uma abstração da nossa ridícula condição humana,quase um fardo.
Sempre pensei que o escritor é antes de mais nada um achólogo,ele acha tudo palpita em tudo,sem necessariamente ser técnico nem especialista em nada.Talvez seja esse o seu grande fascínio!Coisa boa é poder divagar despretensiosamente no mundo das letras,sem dramas nem imposições.Ao menos para mim que o faço antes por prazer que por obrigação.
Ainda assim,vez por outra e não sei por que normalmente de madrugada eu me deparo com a tela em branco.Sim,os tempos mudaram, agora é a tela do computador que me olha desafiadoramente como que esperando que eu tome uma atitude.
Após ler e reler todos os emails,varrer o orkut,arrumar álbuns,e buscar convencer a mim mesma que três horas viajando na internet não são em vão...bom...percebo que não há muito o que dizer hoje.
Nesses momentos eu tenho sempre um providencial remédio,um antídoto pro coração e pra alma, um jeito de não deixar passar em branco o meu cantinho poético.
Não há como não ficar feliz,não sorrir diante da genialidade desse ser humano.E é com ele que eu inicio ou fecho toda essa questão.
Há tempo pra escrever e tempo pra ler,pra beber na fonte da sabedoria dos mestres.
Assim,sem nenhuma contra indicação,lá vai o recado do meu ídolo das letras.Fica assim minha tela cheia de vida,minha alma agradecida e plena.
O que faz bem pra minha saúde!
Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem!
Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Humor é melhor do que rancor.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!
Luiz Fernando Verissímo
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Vivo de hipérboles
Em meio a paradoxos e antíteses...
Todos os sentimentos
Em mim criam raízes...
E mesmo mortos ou ressecados
Brotam em vida novamente
Em momentos inesperados
Sem o semear da semente.
Dentro de mim há um labirinto,
Tudo se perde... tudo se acha...
Divinamente escrevo o que sinto
Outras vezes, escrevo em desgraça.
Às vezes me projeto ao céu
E por anjos sou aconselhada,
Protegida por divino véu
Escrevo versos ajoelhada.
Há dias em que vivo no inferno,
Até ouço a voz do capeta!
Então grito, esperneio, baderno...
No silêncio da minha caneta.
Tudo em mim é constante e complexo.
Em tudo há dor, amor, fantasia...
Caminho, e em sentimentos tropeço.
Transformo a vida em poesia!
(Camila Patrícia Milani)
terça-feira, 16 de junho de 2009
Lá fora
E torne minha manhã possível
E passível de deslumbramento?
Que coisa há concreta e visível
Que me proporcione bons momentos?
Abro a janela e nada vejo
Tudo repousa absolutamente igual
E adio a grandeza que almejo
Para um amanhã novo e fatal.
Todos os dias repito a tarefa
De buscar além do horizonte
Qualquer coisa que me valha o ontem.
Vou matando assim as madrugadas
As tardes e noites passadas
E ansiando um futuro que não tarda.
Que há lá fora hoje que me encontre?
(Edilene Santos-Caçando Estrelas)
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Saudade
só pra sentir o suor do teu corpo
sob o baque solto
do meu maracatú
Daniel Alexandrino
Chuva
Por trás da vidraça ,eu,olhos fixos vidrados.
Um colibri voou rápido e procurou abrigo,
Pairei os olhos no ar.
Um vento leve balançou os galhos,
Meu coração trancado,sem ar.
Chuva,vento,pássaros e folhas
Brincam com força a me desafiar
Com raiva fechei a janela
Apaguei as luzes e as vozes
Só vou sair, quando a chuva passar.
(Edilene Santos)
terça-feira, 9 de junho de 2009
A casa
Símbolo do nosso espaço pessoal,da nossa psique, no mundo dos sonhos.
E quanta gente não anda por aí a sonhar com uma simples casa real de alvenaria,de chão batido, de janelas e portas simples pra se abrigar e abrigar os seus...
Esse pequenino texto escrevi há muitos anos,e fala desse espaço tão sagrado e querido.
Minha casa não era nem branca nem florida,tampouco ao Leste voltavam-se as sua janelas...mas na poesia de minha infância,corria a dar voltas no quintal,saudando o sol que nascia por detrás dela...
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Festas Juninas
Filha de nordestinos, aprendi desde cedo a fazer fogueira, balões,pipocas, a gostar da dança e da alegria tão peculiar a esse povo brasileiro.
Meu pai (João) aniversaria em junho.Vai ver que é por isso que ele fala tanto das coisas de sua terra ,dos folclores, das catiras,reizados, vaquejadas,violeiros e ,claro,das memoráveis festas juninas,que todo nordestino se gaba em dizer, não há iguais às de Caruaru.
Lembro de um tempo doce em que meus irmãos, os vizinhos,primos e amigos chegavam e se assentavam ao redor da fogueira (aqui mesmo na periferia de São Paulo).Havia espaço ,quintais de terra batida, ruas tranquilas e quase sem carros e a gente tinha esse privilégio de ficar até bem tarde brincando ou papeando no portão.
Minha mãe preparava sempre alguma coisinha,porque não havia tanta fartura assim, mas havia sempre a boa vontade e o prazer de ensinar aos filhos que "o pouco com Deus é muito".
No grande terreno ao lado da nossa casa meu pai plantava milho,batata doce,abóbora, de tudo um pouco...eu ficava abismada em ver como ele entendia da terra e me perguntava como ele podia saber a época certa de cada plantação.
As vezes ele nos deixava colocar os grãos de milho nas pequenas covas que ia abrindo e sempre com a recomendação da quantidade certa(que não deve passar de cinco ou seis eu acho).
Espertinhos, a gente sempre achava que se colocássemos um pouquinho mais ia nascer muito mais milhos.Meu pai ria da nossa teoria e ficava de olho pra retirar sutilmente qualquer excesso.
Aprendi com ele a respeitar a natureza, a gostar dos bichos e da simplicidade da vida.
O tempo passou e hoje na periferia ( no mesmo lugar onde nasci), já não há mais espaço para tantas fogueiras como havia antes.A cidade cresce assustadoramente e as pessoas vão tratando de construir casas e mais casas em todo o espaço possível.
Ainda assim sempre se dá um jeitinho e logo surgem as quermesses nas ruas, nas paróquias,em todo canto um prato típico,o quentão e o vinho pra espantarem o frio e assistimos assim a continuidade dessa tradição tão bonita.
São Paulo que abriga tantos imigrantes do norte e nordeste, ganha assim um colorido especial.Noite de festas juninas, noites de sonhar com o sertão, com a alegria, o cheiro e o sabor do campo...
sábado, 6 de junho de 2009
ULtima Poesia Humana
Um beija-flor pousou na antena
E beijou as próprias penas
Aspirando uma flor que não havia.
O canto do galo ecoou distante
E eu acho que ele sabia...
E temeu o amanhã seguinte
Que não mais anunciaria
Uma última pétala esquecida
Cobriu o último dos mortais
E ela mesma embevecida
Plantou-se pra nunca mais...
Veio o silêncio e a escuridão
Numa saudade infinita
Que se espalhou pelo Universo
Veio a tristeza na amplidão
De tantas galáxias bonitas
Espalhadas por mundos diversos,
E assistiram à calmaria que se instalava
Ante as lágrimas de um olhar perplexo...
(Edilene Santos)
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Não dá pra começar a escrever hoje sem falar da noite de ontem:
Maravilhoso o I Encontro Poético Saraus literários lá no memorial da América Latina.
Confesso que me perdi um pouco até achar o tal do portão seis(tudo bem eu não tenho bom senso de direção mesmo),mas consegui chegar e assistir a um excelente debate.
Frederico Barbosa,Sergio Vaz,Antonio Vicente Seraphim Pietroforte,Sacolinha,Rui Mascarenhas, compunham a mesa de debate.
Cada um deles falou de suas experiências e aspirações como escritores.E contou um pouco do caminho da pedras até a publicação de um livro para quem está começando.
Na platéia gente bonita de todos os cantos de São paulo.Representantes e participantes dos diversos saraus que se espalham pela cidade,mais alunos e professores da Uni Nove.
Debate lindo,inteligente(parecia programa do Jô,só que sem o Jô)rs
Não posso deixar de mencionar aqui a manifestação de amor e carinho ao nosso amigo Sérgio Vaz.Aplaudido ,merecidamente, de pé por seu carisma, simplicidade e porque sabe, como ninguém dar o recado do povo.
Muito se deve a ele quando se fala em saraus pela periferia.Foi um dos precursores,um dos que acreditou que a periferia também tem carência de livros, e de poesia.Nos mostra que mudar é possível com um pouco de boa vontade e atitude.
Saudações poéticas!
Mulher
Mulher... Tens sete sentidos São sete chaves do poder. Mulher Mística flor, Pétala serena, De uma árvore suprema, Indecifrável mis...
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Girassol a flor do sol (Helianthus annuus) helianthus significa “flor do sol” e annuus, ano – já que o girassol é uma planta anual. Para o F...
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Quem há de encontrar o mar, quem há? Quem há de desencontrar? Quem há de beirar as lágrimas, E as mágoas do mal de amar? Q...